sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Na Coreia do Norte, liberdade religiosa é mito

Quase todos os cristãos na Coreia do Norte pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas
Embora a liberdade religiosa esteja prevista na Constituição e demais leis do país, na prática o governo restringiu ao máximo atividades relacionadas à crença De acordo com o recém-lançado Relatório Internacional sobre Liberdade Religiosa, produzido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, muitas pessoas ainda vivem sob governos que limitam a prática religiosa. Um país de particular preocupação é a Coreia do Norte. O documento revela que, verdadeiramente, a liberdade religiosa não existe em território norte-coreano. Apesar de constar na Constituição e outras leis do país, atividades religiosas não são permitidas. Autoridades norte-coreanas reprimem reuniões de oração não autorizadas e reagem duramente àqueles que se envolvem em atividades religiosas consideradas “inaceitáveis”. É necessário que os grupos religiosos sejam reconhecidos pelo governo, que os supervisiona de maneira rígida. Relatos de missionários e organizações não governamentais indicam que os cristãos que praticam proselitismo no país e outros que entram em contato com estrangeiros estão sujeitos a penas severas. Grupos de direitos humanos fora da Coreia do Norte declararam em anos anteriores que membros de igrejas cristãs clandestinas foram presos, espancados, torturados e mortos por causa de suas crenças religiosas. Estima-se que entre 150 e 200 mil pessoas estejam em campos de prisioneiros políticos; muitos, por motivos religiosos. A estrutura e condição das prisões são desumanas, e desertores que estiveram encarcerados afirmaram ainda que os prisioneiros detidos em razão de suas crenças religiosas geralmente eram tratados de maneira mais rígida do que os outros. 
Número 1 na classificação de países por perseguição 
Apesar das muitas promessas do regime comunista, milhares de norte coreanos sofrem de desnutrição crônica, com o desemprego e vivem abaixo da linha da pobreza. A perseguição aos cristãos tem assumido várias formas. A sociedade vive tomada por um medo constante, devido ao forte esquema de vigilância do governo. Inicialmente, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Quase todos os cristãos na Coreia do Norte pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas. O culto deles se constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles, em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.
Fonte: Portas Abertas