quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ore pela Tunísia

O cristianismo chegou ao território da Tunísia no final do século I d.C., tendo sido profundamente marcado pelo cisma donatista, um importante movimento herético desencadeado pelo bispo Donato de Cartago no século IV. Acredita-se também que um dos mais importantes personagens da Igreja no mundo antigo, Santo Agostinho de Hipona, viveu e estudou na atual Tunísia. A antiga cidade de Cartago foi a capital africana do Império Bizantino, ou seja, o centro do cristianismo nesse continente, pelo menos até o século VII. Embora o islamismo tenha varrido a Tunísia no século VII, o cristianismo ainda conseguiu sobreviver na região por mais 300 anos. No século XIII, uma nova igreja foi implantada no país por missionários franciscanos e dominicanos. A maioria dos cristãos existentes no país hoje é composta de católicos franceses e refugiados libaneses; já os cristãos tunisianos somam uma parcela muito diminuta da população. O cristianismo é a segunda maior religião do país, com aproximadamente 25 mil membros, 88% católicos romanos. A constituição prevê a liberdade e prática de ritos religiosos, mas determina o islamismo como a religião oficial do Estado, tanto que o presidente do país deve ser muçulmano. O governo considera legítimas as igrejas fundadas antes da independência do país em 1956, mas as que foram fundadas após esse período enfrentam duras restrições.