sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Missionários brasileiros pedem ajuda para construir escola em Moçambique

Um casal de missionários brasileiros está com um projeto para ajudar crianças e adolescentes de uma comunidade na zona rural de Moçambique.
A ideia é criar uma pré-escola para crianças de 3 a 5 anos e uma escolinha de futebol para crianças de 8 a 13 anos.
Em Moçambique a pré-escola não é obrigatória e as crianças menores ficam em casa sendo cuidada por seus irmãos mais velho quando não saem para trabalhar nas plantações acompanhado de seus pais.
“Elas ficam vulneráveis a acidentes domésticos, pois geralmente quem cuida delas quando os pais não estão, são os irmãos mais velhos, e muitos com diferença entre eles de 2 anos”, revela a missionária Patrícia.
Ela e seu esposo, missionário Marcos, estão no país africano desde 2007 e há cerca de dois anos trabalham na zona rural junto à comunidade Mandruzi.
Por um período a pré-escola e a escolinha de futebol funcionaram em espaços emprestados, inclusive em salas de duas igrejas, mas por não serem apropriados para o ensino, foi necessário pensar na construção dessas escolas.
“As salas foram improvisadas, não eram adequadas para as crianças estudarem, e fazerem suas atividades didáticas. Por isso estamos construindo nossa estrutura, é um complexo com 3 salas de aula, pois atendemos crianças de 3 a 5 anos, cada turma precisa ter sua salinha separada, pois as atividades são diferentes.”
A escolinha de futebol funciona em um espaço cedido pelo governo que foi adaptado com um campo para que as crianças possam treinar e jogar.
“Os adolescentes têm o tempo muito ocioso, a escolinha é uma forma de acolher e aconselha-los, assim conseguimos afasta-los da bebida, drogas, gravidez precoce e combatemos a evasão escolar. Para fazer parte do grupo o menino deve estar matriculado na escola”, revela a missionária.
Mas para tocar este projeto o casal de brasileiros precisa de apoio. “O dízimo do nosso sustento antes fazíamos muita coisa, hoje o que recebemos não conseguimos pagar nossas despesas pessoais. O que tem nos ajudado são ofertas de amigos”, diz Patrícia que faz artesanato para vender e consegue arrecadar dinheiro para pagar os profissionais que atuam nas escolas.
“A subida do dólar também tem prejudicado muito o campo missionário.  Quando a situação fica difícil recorremos alguns amigos que sempre tem nos ajudado.”
Algumas paredes já estão de pé.
Algumas paredes já estão de pé.
Se os missionários conseguirem recursos para o material de construção, em seis meses a pré-escola fica pronta, pois 3 salas já estão com as paredes de pé. “Falta fazer chão, colocar telhado, rebocar e pintar. Precisamos ter uma cozinha com uma varada para as crianças se alimentarem. Precisamos de uma secretaria e banheiro. Isso para as crianças poderem frequentar o projeto.”
A ideia é atender mais de 150 crianças em dois turnos, manhã e tarde, onde além das aulas serão aplicados o reforço escolar para as crianças que saem da pré-escola e não conseguem acompanhar o ensino.
Quem quiser ajudar o casal a dar sequência nesse projeto pode entrar em contato pelo blog familiamatriju.blogspot.com.br.

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