segunda-feira, 10 de outubro de 2016

700 meninas cristãs são forçadas a se converter ao islã todo ano

A Associação de Cristãos Paquistanês no Reino Unido trabalha para resgatar fiéis que sofrem perseguições severas em seu país natal. São muitos os relatos de famílias que foram agredidas por se negarem a converter-se ao islamismo. Em alguns casos, a filha é sequestrada, acaba estuprada e forçada a se casar com o estuprador, tornando-se muçulmana por imposição do marido.
Um dos casos mais recentes ocorreu em 15 de setembro, na aldeia de Samanyala, perto da fronteira com a Índia. Fiaz Masih e sua família eram os únicos não muçulmanos do bairro.
Certa noite foram acordados por um grupo de seis homens e uma mulher armados com pistolas, paus e barras de ferro. Eles começaram a agredir todo mundo que estava dormindo, ordenando que negasse a Jesus e se convertessem ao Islã. Caso não quisessem, todos iriam morrer.
Fiaz conta que nem ele nem sua esposa, as seis filhas e os dois filhos concordaram. Isso enfureceu os muçulmanos ainda mais. Todos os membros da família foram amarrados e tiveram os olhos vendados. Esperando pelo pior, eles apenas oravam.
Os invasores decidiram levar Arif, 20 anos e Jameela, 17, como prisioneiros. Ambos foram jogados em uma van e colocados num prédio, onde sofreram torturas. Depois de uma noite longa de sofrimentos, Arif ouviu que sua irmã estava sendo estuprada no quarto ao lado. No dia seguinte, ele conseguiu fugir do local, mas não encontrou mais Jameela. Quando procurou a polícia para fazer um registro, ouviu que não seria ouvido por que era cristão.
Até hoje a jovem não voltou para casa e a família não sabe o seu paradeiro.

Estatística crescente

O caso de Jameela é só mais um numa longa lista de casos não resolvidos. A ONG Movimento de Solidariedade e Paz no Paquistão publicou um relatório onde denuncia que, em média, 700 jovens cristãs são sequestradas, violadas e forçadas a casar com islâmicos a cada ano.
A ideologia extremista é generalizada no Paquistão, uma vez que o governo não se importa com as minorias. Por causa da proximidade com o Afeganistão, grupos como Talibã e Al Qaeda possuem bases fortes no país.
Wilson Chowdhry, presidente da Associação de Cristãos Paquistanês no Reino Unido reclama que a maioria dos cristãos do mundo não parece se importar com a perseguição dos seus irmãos naquela parte do mundo.
“Esta família está profundamente traumatizada, mas já os colocamos em segurança. Agora vamos tentar ajudá-los a reconstruir suas vidas em uma atmosfera de segurança fora do Paquistão. No entanto, a filha sequestrada pode nunca mais ser encontrada… Estes déspotas muçulmanos podem sequestrar meninas cristãs, sabendo dessa impunidade, e não há nenhum tipo de pressão internacional sobre Paquistão por causa disso”, desabafa. Com informações de Pakistan Christian Post

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