terça-feira, 7 de maio de 2013

Esperança para a "Rua do Pecado"

06 de maio de 2013

Meu coração está inquieto depois de tudo o que vi em Medellín, na Colômbia, com meus olhos físicos e espirituais. Definitivamente não posso ficar em paz.

Vi meninas com cerca de 13 anos de idade se prostituindo em plena tarde em vias públicas. Homens com o corpo transformado como o de mulher se oferecendo a outros homens em portas de bordéis. Seres humanos que mais pareciam um amontoado de lixo fumando alumínio... Chorei ao ver um jovenzinho de uns 16 anos cheirando uma carreira de cocaína em plena rua. Em plena luz do dia e as pessoas passavam por ele sem se importarem. Fiquei constrangido ao ver mulheres com seus corpos esqueléticos, aparentemente doentes, se prostituindo pela “Rua do Pecado”.

À noite a situação era ainda pior. Aproximei-me de um grupo de prostitutas para conferir se era verdade a informação que por lá menores de idade estavam sendo exploradas na prostituição. Conversei com meninas que estavam em pequenos grupos, como se fossem mercadorias em exposição. Era apontar só apontar o dedo e falar qual queria: a de verde, a de saia, a de calça azul... Elas não tinham nomes, eram mercadorias baratas.

Eu estava na “Rua do Pecado”, esse é o nome que deram para esse lugar formado por quatro pequenos quarteirões no centro de Medellín. Comecei a perceber que o pecado seria meu, caso não anunciasse àquelas pessoas o Cristo que liberta. Estava ali não para ver esse circo de horrores bancado pelo inimigo de nossas almas, mas para encontrar um local no meio desse “inferno” para implantar um programa de Missões Mundiais.

Pretendemos iniciar na região o PARE - Programa de Apoio, Reabilitação e Esperança. Encontramos um templo fechado, um grande espaço, porém a igreja (de outra denominação) que ali se reúne luta para não fechar as portas. Depois de uma longa reunião com o Conselho de anciãos dessa igreja, definimos um aluguel de todo o espaço que eles têm no primeiro andar.

São 350 metros de frente para a “Rua do Pecado”, onde abriremos as “Portas da Graça”. Esse local abrigará uma igreja, um centro de apoio, um centro terapêutico e o que mais Deus quiser fazer através de nós para mudar aquele “inferno”.

Sinto-me honrado e motivado em fazer parte de uma organização que esvazia o inferno e enche o céu.
Convido todos a se envolverem ainda mais com suas responsabilidades certos de que o Pai nos quer na linha de frente desta batalha.

Pr. Alexandre Peixoto
Gerente de Missões da JMM

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