sexta-feira, 18 de outubro de 2013

840 milhões passam fome no mundo. O que os cristãos estão fazendo para mudar isso?

O Dia Mundial da Alimentação foi celebrado nesta quarta (16). É uma promoção do Fundo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
De acordo com os dados divulgados pela ONU, atualmente 842 milhões de pessoas no mundo sofrem de desnutrição crônica. Ou seja, passam fome todos os dias.
As agências da ONU afirmam que já conseguiram reduzir muito o número de pessoas que têm fome. Eram mais de um bilhão em 2009. Contudo, o número de pessoas com desnutrição pode chegar aos 2 bilhões. São todos aqueles que sofrem de deficiências em micronutrientes, como vitaminas.
Em uma clara contradição, 1,4 bilhão de pessoas têm sobrepeso, mas a desnutrição afeta 26% das crianças que apresentam atraso de crescimento.
Em resumo, em média, uma em cada oito pessoas que vive no planeta precisa de ajuda externa para poder se alimentar todos os dias. A maioria vive nos lugares menos desenvolvidos economicamente, sobretudo na África e Sul da Ásia.  Partes do Brasil também estão incluídas.
De acordo com a FAO, o número de pessoas subnutridas no Brasil reduziu de 23 milhões (1990/92) para 13 milhões (2010/12). Somente nos últimos três anos, houve uma redução de 15 milhões (2007/09) para 13 milhões (2010/12), representando uma queda de 13%.
Além da ONU, organizações cristãs como Food for the Hungry e Visão Mundial procuram refletir o amor de Cristo através de ajuda de emergência de curto prazo e também com trabalhos a longo prazo. Para essas organizações, falar do amor de Cristo para as pessoas inclui lutar contra a fome. Seu lema é suprir a fome material e espiritual ao mesmo tempo. A Visão Mundial trabalha com o sistema de apadrinhamento de crianças carentes aqui no Brasil. O projeto pode ser conhecido no site da missão.
O presidente da Food for the Hungry, Keith Wright explica que “A Campanha anual para o Fundo oferece financiamento de projetos que abordam as questões da fome em todo o mundo.”
“Todo nosso trabalho está amparado pela cosmovisão bíblica, que não se preocupa apenas com o que as pessoas tem para comer, mas procura fazê-los andar em obediência ao chamado de Deus para eles”, explica Wright. ”É uma ótima maneira de avançar o Reino.”
Também neste mês, o Instituto de Pesquisas LifeWay Research divulgou dados provando que as igrejas evangélicas estão a aumentar progressivamente o seu interesse e envolvimento com ministérios que promovam a justiça social, incluindo o combate à fome.
Entre os mais de 1.000 pastores entrevistados, 95% concordam que cuidar dos pobres faz parte do evangelho de Jesus. Para efeitos de comparação, em novembro de 2009, 76% dos  pastores afirmavam ensinar os membros de suas igrejas que  deveriam “se envolver e cuidar diretamente dos pobres em suas comunidades”. No final do ano passado, esse percentual chegou a 90%.
A maioria dos pastores (26%) também admite que a miséria é uma questão mais importante para a igreja. Em comparação, 24% afirma que é o aborto, 20% respondeu casamento gay, 19% afirmam que é a saúde e 3% lembraram do cuidado ao meio ambiente.
O nível de engajamento das igrejas têm em cuidar dos pobres pode ser influenciada pela forma como muitas vezes os pastores falam de suas congregações sobre a pobreza. Mais de três quartos dos pastores protestantes falam sobre a pobreza, várias vezes por ano ou mais.
Em 2012, 43 por cento disseram que falam sobre a pobreza, várias vezes por ano, acima dos 39 por cento em 2010, 18 por cento falam sobre a pobreza uma vez por mês, e 16 por cento falar sobre o tema várias vezes por mês.
Segundo a LifeWay, 63% dos pastores de igrejas em cidades grandes afirmaram estar mais propensos a se envolverem em programas de ação social locais e afirmaram pregar sobre o assunto regularmente. Com informações de Christianity Today e Christian Telegraph

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